No ronco a cuíca grita.
Soalhas atiçam pandeiros.
Soprada a flauta fica aflita.
O piano é um mandingueiro.
Repique vem fazendo finta.
Cavaco é pirão primeiro.
Tan-tan faz coro em voz retinta.
Violão tenor é brasileiro,
Também tem o de sete cordas;
De seis é o violão guerreiro.
Íntima ao baixo a bateria aborda
o franzino tamborim ligeiro.
Trompete arrasa em desafio,
os agogôs são seus parceiros,
ganzás em profusão gentios,
a caixa vem de mensageiro.
O bandolim num solo acorda.
O surdo é pênalti certeiro.
Trombone arrombando a porta.
Nos vocais o Rio de Janeiro.
Clarinete e sax sopram em par.
No prato o samba vem com fome.
Tudo isso pra te ver chegar,
Sambando pra amar seu homem.
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Um comentário:
Bacana!
Maria
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