Citações

A palavra é o fio de ouro do pensamento.


SÓCRATES

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Prazer importado (O analfabeto poético)


 
                                                                   Sexo em shoping-s/autor-s/data

Faremos tudo que quisermos,
mas somente se estivermos juntos.
Um conjunto em desconjunto.
Segura o leme, e veremos
um mar, de homem e mulher
num bar, boteco bunda em pé.
Isso e tudo, nem mais, nem menos.
passemos assim o tempo,
ele não da marcha ré.

Mas se você quer dinheiro,
deixe dizer-lhe na fé:
Cuidado ele é de comprar.
Toma-lhe o Tao todo, inteiro,
dinheiro é tempo primeiro.
Depois é que vem solidão.
Vê como é passageiro?
Retranca qualquer de zagueiro,
fila do ponto em 'buzão",
currículo de ter carreira,
carteira de por coração.

Se você der mole ele abraça,
passa a lhe comer mulher.
Se perceber, perde a graça,
você fica sem pau na mão,
sem ter quem lhe faça em brasa,
sem dividir manhãs e pão.
Para alem do sucesso pandeiro,
ou dos percalços de paradeiro,
da sua própria profissão.

Olha bem onde a vida lhe engana,
joga você na cama,
então não põe mais ninguém não.
lá onde você se molha
pelas entradas e encolhas,
pondo um rabbit na paixão.

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Mágica (O analfabeto poético)

                                 

Consegue ver?
Olhe devagar.
É a realidade,
vai passando
aí por você!

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fotografia- Gentil Barreira

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Passado(O analfabeto poético)

                           Fotografia-informativo- OrlandoBrito

A lembrança é uma caixinha mágica
onde se pode guardar o tempo.

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domingo, 6 de junho de 2010

Poema para a mulher miragem(O trago da seda)

invenção dos monstros-1937-Salvador Dali


Em que parte da vida te perdeste dela mesma?
Em que individualidade ficaste acomodada?
De tal modo perdida, que de perdida te mataste;
Desdentando apenas tua imagem abantesma.

Na tragédia vais,  ao fim, compor morada.
Sem a possibilidade do outro, sem olhar de contraste.
A humanidade te é externa, e a diversidade não é nada.
Em que parte disferiste o golpe que a ti mesma mutilaste?

A humanidade te é interna, e a diversidade mal criada.
Quem foi que notaste na realidade comovida?
com a tua vista curta das personas sem estrada.
Quando não tens o olhar no outro, tens a vista desprovida.

Sendo-te dela mesma apenas vazia, passiva e abandonada.
Viver é mais que existir, é interagir na vida que encontraste.
Se não tens o olhar no outro, não dominas a mirada.
Quando nada há por ver, que às cegas segues só, e acostumaste.


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