Citações

A palavra é o fio de ouro do pensamento.


SÓCRATES

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Tatu daí ( Barril Diógenes)

Herbário de plantas artificiais  em estrutura pré Colombiana- Alberto Baraya

As pessoas, atualmente,
não compram um poema por ser bom.
Elas o fazem porque ele é do Drummond.
Asim mais, bem mais que de repente,
O poema se compara porque é mesmo legal.
Obviamente é comovente, porque é João Cabral.
Aos poemas, que bom, serem geniais desde o início,
viram mesmo até vício, desde que se vejam Vinícius.
O poema, quando sujo, é limpinho, é lunar.
Não existe nele entulho, se for Ferreira Gullar.
Como é bom um poema, em que todos façam links.
O bacana, o genial, é que é um Paulo Leminsk.
Por querer, mesmo num verso, a rima e os seus baratos,
beija-se a boca do inferno, lendo Gregório de Matos.
Ele toca muito a todos, de alguma tal maneira,
obviamente se, oxente, é do Manuel Bandeira.
Se alguns nos evoluem, neles há mesmo todo esbanjo,
mas somente nos concluem, se for  Augusto dos Anjos.
Outros sim. são viscerais, fervem muita hemoglobina.
Serão tão fenomenais, se são do Jorge de Lima.
Se um poema é um poema, uma coisa é uma cousa,
mais é mesmo o melhor, sendo assim um Cruz e Souza.
O poema é mesmo bom quando o nome se lhe pesa,
Como não se derramar cult Ana Cristina Cesar?
Para ser mesmo o tal, quem o fez será primeiro.
Para ter mesmo o sal, só o Geraldo Carneiro.
Cajuína neuronal destarte é  inquieto,
poesia só se vale em um Torquato Neto.
De mulher pra Mulher, fica dado o recado.
Não num poema qualquer, gerúndio de Adélia Prado.
Sendo ele um poema, há de ter sua autoestima.
Vale a pena o se dizer desde Cora Coralina.
Se foi dito a saber, pois então o desnovele;
Vamos lá, Vamos a ver, se é Cecília Meireles.

Algo novo, para que?
Hoje é tudo instantâneo.
Haicaiu  Karaokê

Tudo não faz mais sentido. Barulho é o desagrado
é poesia do enfado, teatro do oprimido.
Então perto do espasmo, então é o então sumindo.
para o seu duro deserto decerto o poema é lindo
lamberemos o sabão com essa grife do inquieto,
viva Waly Salomão, Tiririca até o teto.
Tudo é mesmo uma meta, ta cheirando, deixa perto,
é a poesia, é de salão, lepo,lepo,lepo,lepo.









segunda-feira, 1 de setembro de 2014

A fala no circo da alma

Dalí

Seu instrumento é a palavra
o sopro, o  veio de luz.
se  é solo desafinado
o verbo é o que a traduz.
Às vezes parece escracho,
quando acha a todos tão nus.
de ouvidos tira o capuz
do silêncio, e assina embaixo.

Tal instrumento, falada,
é achada dentro de um verso,
Com ela eu digo o que penso,
no extenso e no frágil protesto.
Quando ela fica agachada,
guardada dentro do incerto,
parece expressão de um deserto,
aonde a cultivo de enxada.

Pura ideologia em suspenso,
do homem é mais que seus ossos.
Tem sonhos verbais e terrosos,
despidos dos pensamentos.
Palavra contem paradoxos,
solares por natureza,
denota visão de um mundo.
Quem a domina mais fundo
desbrava a tal da certeza.