fotografia: Janela com vista-Luiza Branco
Não me tire seu sorriso,
disse o outro poeta.
Seu sorriso é uma seta,
rumando no improviso.
Sendo assim, é um aviso,
nua atitude predileta.
É seu afeto movediço
Não me tire seu sorriso.
Essa perfumada faceta.
Nele a tristeza em sumiço,
como quem limpa a gaveta,
deixa em mim bom feitiço.
Felicidade me chega,
contendo o seu reboliço.
Não, não me tire seu sorriso,
preciso desse seu júbilo.
O amor pode ser lúdico,
leveza de um mar tão liso.
Maior dos seus preconícios,
desse sinônimo múltiplo,
de que eu tanto preciso.