Para Cláudio Upiano in Memória
Escrever não é algo individual,
é empurrar a linguagem
para alem das fronteiras
da norma do homem e do animal.
Esse é um movimento clivagem
do limite, do sentido, do oral.
Desfazendo é o reinício.
Por dentro dos interstícios,
traz maior o original.
Violando o vitalício,
o romper é a viagem,
para alem dos quietos vícios.
Essa é a nobreza dos signos:
provocar a liberdade
fazendo um verso universal.