As praças acampadas ganham seus mares
de gente protestante, da juventude.
O tempo é atuante em ocupares.
Na busca, na novidade e na atitude.
O intento muda de forma em novos lugares.
Transforma as multidões nas suas luzes.As mentes antes silentes, antes vagares,
transbordam agora em formas mais argutas.
Na política social em voga, novos obuses
compõem a causa pública em dialética.
Exigindo com essa forma, nova conduta.
Nas redes novas ideias compondo estética.
Nas nuvens há informações por mil fonéticas.
Nas ruas dos facebooks juntam milhares.
Patética a humanidade multi-eclética,
exibe nova política e nova ética.
Exigem uma existência de formas justas,
compondo em novo cenário a cidadania.
Agregam em seus protestos fúria e alegria,
redistribuem riquezas nas suas lutas.
Não mais neoliberais cantam seus louros,
vestidos com os ternos negros dos janotas.
A praça rubra das vozes abate o touro.
Sem ouro menos reluz a princesa Europa.
Um Zeus apaixonado, em porta aviões,
circula todos os mares até o final.
Esquece esse gigante em centuriões,
de ver o que se passa no seu quintal.
Enquanto aumenta a riqueza do dragão,
impondo à geopolitica, os orientais.
O mundo vê a globalizada razão,
para a ilusão financeira que se esvai.
Enquanto o dragão ruge, o leão mia.
A pedir emprestado em pires, capitais.
O touro de Wall street é vaca fria,
sem discutir seus assuntos criminais.
Nos trópicos de soja e ferro só a alegria,
engorda o antes pobre Banco Central.
Globalizada a tal da economia,
reorganiza o mundo mais plural.
Do estado carece ter mais serventia,
Para desfilar de novo no Carnaval...
paralerpoesiabastatercalma