Citações

A palavra é o fio de ouro do pensamento.


SÓCRATES

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Banguelê ( Banguelê)

                                                                  Fotografia:O Rio de Janeiro Continua lindo- Alexandre Ferrer
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Andando pela calçada, tateando o chão com os pés
O celular me toca no bolso, seus gritos de bravura
Uns reais, umas moedas, os compromissos com a mulher
Todo abraço dado é sempre a humana mistura
Pergunta- me aonde estou, a amada criatura
Pressuponho que estou na vida, a viver o que ela é

Já fui ao inferno aonde Dante fez sua aventura
Virgílio não foi meu guia, a persistência foi mina fé
O calor tinge meu rosto nesse jogo de cintura
Se a ilusão queima à brasa, sempre um verso é mister
Onde a existência for dura, de um amargo angustura
Nos mistérios do universo, viver é um cafuné.

Quem a sua dor destila, em si cultiva clausura
O amor é voo de liga, brisa às asas do prazer
Coragem é necessária para viver essa jura
Amar precisa bravura de fato para vencer
É doce mas não é mole, conforme a rapadura
Poesia é um bom remédio, sutura no entristecer

O acaso nos torna vivos grafando a assinatura
Sendo única aventura, é boa e não tem dublê
O tempo ata o tempo, a história é atadura
Quem teme amar na vida, teme o céu sem ter porque
Aos olhos da solidão reina o comum da censura
Capoeira solta corpo, Pixinguinha Banguelê
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domingo, 8 de janeiro de 2012

O emergente e a emergência ( Barril Diógenes)

Fotografia: Um Por Todos
-Luiz Alberto de A. Freitas
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Todo ano a mesma coisa indelicada.
Sobem rios e caem chuvas no verão.
As tragedias se repetem, e sempre nada
se dedica em buscar a solução.
Quando os rios saem de suas beiradas,
invadindo um pacato cidadão.

Sempre aonde a pobreza instalada,
faz morada de última opção,
todo ano a agua vem sempre molhada,
tão certo como dois e dois são quatro.
Solução sempre e sempre é adiada,
deixando essa gente num hiato.

Substrato de uma tal grande Nação.
Obras são sempre tal, inacabadas.
Os rios perdem os cílios sem visão.
Ribeirinhos têm a vida devastada
num flagelo de auto repetição.
Choram perdas de vidas atordoadas.

Como escória ou subclasse em solidão.
Esse "PIB" de riqueza propalada,
encantada mais parece uma ilusão.
Concentrado dessa forma tão malvada,
entropia é uma desordem instalada,
escondendo uma outra ordem no colchão.

Se dizendo uma Terra de emergentes,
caricatos em seus maus deslizamentos,
porque deixam repetir esses momentos,
dessa forma infeliz e displicente ?
Porque não se age responsavelmente?
Porque tanto se subtrai solução.

No descaso corrupto de indolentes,
somem verbas como passe de condão
Quando sabem que essa verba é dessa gente,
Quando sabem que é essa gente a Nação.
Cidadania é a forma exigente
de  cobrar outra atitude da União.
Mauro-paralerpoesiabastatercalma.blogspot.com
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