Para ler poesia basta ter calma, Para ler Poesia basta ter paixão, deixe-a incidir subcutânea, trama das retinas à veia aorta para faxina do coração.
Citações
A palavra é o fio de ouro do pensamento.
SÓCRATES
quinta-feira, 13 de novembro de 2014
Unidade multi ( Barril Diógenes)
Perder dois mestres em dois dias
é uma coisa muito doída
Vai na tarde a finitude, e depois é a vida.
Leandro me ensinou a pensar ao ser transformado.
Manuel, era mais sério, sabia fazer quintal, adubado
de palavras, perfumou meus olhos de pitanga.
Os dois eram una dialética da poesia.
segunda-feira, 10 de novembro de 2014
Uma dose ( Barril Diógenes)
Fotografia: William Kentridge
Sou o que não há em mim,
não sou bom, não sou ruim,
vou alem, não sei pra onde.
O sonho que isso esconde,
é lavado em pedra-pome,
mil rasgos, eu sigo assim.
Se hoje o tempo está nublado,
sou o escuro, até pesado,
já não trago força em murro.
Algo dentro esta maduro
impreciso em tanto acuro,
sigo alerta e preocupado.
Quebro o muro em Berlim.
Sou eu mesmo em estado quente.
nem hilário nem comovente,
nem revoltado em Pequim.
Sei que sou o olhar nos olhos
Insano ensejo senhores,
meu silêncio destrincha vozes,
sou o extinto em botequins.
Eu sou mesmo tenebroso;
Sou o susto, sou o gozo,
o perigo e a cirrose.
Meu terreno é arenoso,
em razão e em psicose,
o periférico nervoso;
Curvado à realidade
possuído da saudade,
Sou um atributo da gnose.
E ao fim, sou ton-sur-ton,
sou amigo do garçom
e me destilo em uma dose.
Sou o que não há em mim,
não sou bom, não sou ruim,
vou alem, não sei pra onde.
O sonho que isso esconde,
é lavado em pedra-pome,
mil rasgos, eu sigo assim.
Se hoje o tempo está nublado,
sou o escuro, até pesado,
já não trago força em murro.
Algo dentro esta maduro
impreciso em tanto acuro,
sigo alerta e preocupado.
Quebro o muro em Berlim.
Sou eu mesmo em estado quente.
nem hilário nem comovente,
nem revoltado em Pequim.
Sei que sou o olhar nos olhos
Insano ensejo senhores,
meu silêncio destrincha vozes,
sou o extinto em botequins.
Eu sou mesmo tenebroso;
Sou o susto, sou o gozo,
o perigo e a cirrose.
Meu terreno é arenoso,
em razão e em psicose,
o periférico nervoso;
Curvado à realidade
possuído da saudade,
Sou um atributo da gnose.
E ao fim, sou ton-sur-ton,
sou amigo do garçom
e me destilo em uma dose.
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