Fotografia: Bailarina- João Pinto Vieira da Costa
Vaidade, essa criança sapeca.
Penteia-se junto ao espelho,
mesmo que sendo careca.
Prima dileta do orgulho,
tão solitária, é um balão.
Vive se vendo no céu,
vive seu mundo alçapão.
Quando é excesso, é entulho.
Quando sem corpo é barulho,
Quando sem faro é ilusão.
Essa levada da breca,
sempre vestida em vermelho,
pode quebrar-lhe o joelho
com seu charme de maneca.
Muitos lhe perdem as cuecas,
Por ela queimam salários,
causando males tão vários,
dor de barriga ou congestão.
Vaidade, essa boneca,
esconde o que introjeta
como sendo solução.
Porque dança essa bailarina?
Se na próxima esquina,
pode bem cair no chão.
Para ler poesia basta ter calma, Para ler Poesia basta ter paixão, deixe-a incidir subcutânea, trama das retinas à veia aorta para faxina do coração.
Citações
A palavra é o fio de ouro do pensamento.
SÓCRATES
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
O anão no circo da alma
Fotografia:Circo I- Gustavo Longo
A inveja é trêmula,
apequena, é falha de gosto.
Não tem aparente rosto.
Quando ataca não é amena.
A inveja quer do outro, o posto.
Não sabe cantar canção,
não pede, mete a mão,
age mal, parece encosto.
Ataca na escuridão,
essa mesquinha impúbere.
Deseja o que não tem,
tão infantil e insalubre.
Estéril fronte em alguém,
cuja arte é um desgaste.
Não soma, rouba uma parte
sem sombra e sem mesmo alarde.
Cuidados há que se ter
com o sentimento invejoso.
Não pode ser musculoso,
esse estranho jeito e prazer
de querer do outro o gozo,
e não dedicar repouso
enquanto não o puder ter.
Cuidado com o falso, amigo,
que por não conter umbigo,
não sabe o cordão romper.
Da mãe será sempre um filho,
na falta de um estribilho
melhor que se possa dizer.
Esse sujeito invejoso
cujo voo não sai do pouso
fica velho sem crescer.
A inveja é trêmula,
apequena, é falha de gosto.
Não tem aparente rosto.
Quando ataca não é amena.
A inveja quer do outro, o posto.
Não sabe cantar canção,
não pede, mete a mão,
age mal, parece encosto.
Ataca na escuridão,
essa mesquinha impúbere.
Deseja o que não tem,
tão infantil e insalubre.
Estéril fronte em alguém,
cuja arte é um desgaste.
Não soma, rouba uma parte
sem sombra e sem mesmo alarde.
Cuidados há que se ter
com o sentimento invejoso.
Não pode ser musculoso,
esse estranho jeito e prazer
de querer do outro o gozo,
e não dedicar repouso
enquanto não o puder ter.
Cuidado com o falso, amigo,
que por não conter umbigo,
não sabe o cordão romper.
Da mãe será sempre um filho,
na falta de um estribilho
melhor que se possa dizer.
Esse sujeito invejoso
cujo voo não sai do pouso
fica velho sem crescer.
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