Para ler poesia basta ter calma, Para ler Poesia basta ter paixão, deixe-a incidir subcutânea, trama das retinas à veia aorta para faxina do coração.
Citações
A palavra é o fio de ouro do pensamento.
SÓCRATES
sábado, 24 de novembro de 2012
Mocotó de Bacana ( Beco da fome)
Um caldo de mocotó
pode ser a solução,
para quem gosta de amar
mas falta disposição.
É bom pra desamarrar
trabalho de coração.
Levanta cobra morta,
do desejo abre a porta,
na mulher da aflição.
Precisa de um pé de boi,
dos quatro quero um só.
Lave, mas não ensaboe,
qual segredo de Ebó.
Esfregado no limão,
lavado com as próprias mãos,
bem serrado, bem cotó.
Essa água se lhe coe.
é mais benta, deus perdoe,
pois desmancha catimbó.
Bastante pasta de alho,
da melhor gosto depois.
Marinada em vinha d'alhos,
coisa feita, passo dois.
Facilitando o trabalho,
deixe soar qual orvalho
no vinagre de arroz.
Refogado de cebola,
ralada de forma atoa,
e anéis de alho Poró
Três tomates, sem sementes,
cortados em Brunoise.
Esse é nome bonitinho,
mas para encurtar caminho,
passando por essa fase,
pode cortar em cubinhos,
de jeito que a coisa case
da forma mais diligente.
Formando um fundo, ou base,
quando a vida da um nó,
pimenta do reino em pó,
saída de um moinho,
da branca é mais pertinente.
Uma colher de Urucúm,
mais dois cravinhos, ou um.
De alho a mais dois dentes.
Um tanto em vinho branco,
de paio cortado um tanto,
nacos de lombo acrescente.
Uma pitada em cominho,
mais duas folhas de louro,
isso provoca um estouro,
abrindo qualquer caminho.
Deixe o pé descansando
no limão vinte minutos,
depois ponha a pressão,
para resultado astuto
atenção no fogo brando,
e agora é com o fogão.
Não pode errar na mão,
o tempo é absoluto.
Se cozinhando em trinta,
esse caldo é fervoroso,
acredite , a carne é linda,
de se comer bem gostoso.
Quando tudo acaba em gozo,
de se comer com tesão,
não há quem diga que não,
qualquer loucura é distinta.
Se o calor lhe sobe às tampas
com força de apitar,
é que a força é maior, é tanta,
com o sal que vem do mar.
Mais um pouco só de amido,
para um caldo mais grosso,
Junte amigas com amigos.
Sem ser angu de caroço,
isso é mais que um colosso,
para um santo Iorubá.
Com salsinha e cheiro verde,
um pouco de hortelã,
no chão, na cama, na rede
se ouve a flauta de Pan.
Mata a fome e mata a sede
de amor até de manhã.
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
Vida na dobra ( Perna bamba é do samba)
Fotografia: A voz do morro- Rodrigo molina
Levei minha nega para uma fita legal no cinema,
numa sala bacana e pequena lá perto do Galo.
Aonde a coruja dorme o barulho é a boca pequena.
Nesse bairro elegante e charmoso que é Ipanema,
a levei com carinho pois eu sei que a santa é de barro.
A fita estrelava o Bezerra da Silva como ator na cena.
Ela disse vou ver esse filme porque ele é um desagravo.
Mas o samba povão deixou minha moça de fato grilada.
Ela chega a fechar os olhos por motivo de grande emoção,
quando viu na telona o sambista real na sua vida privada.
Na primeira cena, o começo, é ligado com um rabecão.
Eu falei: Minha nega o samba é coisa de gente bem séria.
Garateia de ideias do censo comum do mundo povão,
aonde a cultura rasga o verso no código João da Gomea,
quando a crítica vem do olhar afinado do homem peão.
Segue em frente o pagode tocado em cavaco de ouvido,
descrevendo o cotidiano do morro e de seus cidadãos.
Na caixinha de fosforo o toque é bemol sustenido,
despistando a lei que não vem com a macaca e o bandido.
Porque o bicho que pega aparece é com um Tresoitão.
O Jeitinho é a forma mais publica desses barretes.
Nas vielas e becos e bicos de tantas Catraias.
Solução é silencio melhor do que ser "caguete".
O Pagode provem desses duros e dos rabos de saia.
Minha nega se assusta com a justa nesses palacetes.
Essa laje elegante é pro samba do mestre da obra,
a poesia ali esta longe de qualquer verbete.
O malandro é malandro e o mané é aquele calhorda.
ser gourmet é legal, mas na fome farofa de areia é banquete.
Quem não quer entender faz carinho no peito peludo da sogra.
Para sede do espírito um salgado e conhaque sovaco de cobra.
Quem discute a origem da erva é o Genoma semente.
Se tem gente safada no morro, essa gente manobra.
Pois procure mudar o olhar com a visão dessa fala latente,
sem ter constrangimento diante da vida na dobra.
Levei minha nega para uma fita legal no cinema,
numa sala bacana e pequena lá perto do Galo.
Aonde a coruja dorme o barulho é a boca pequena.
Nesse bairro elegante e charmoso que é Ipanema,
a levei com carinho pois eu sei que a santa é de barro.
A fita estrelava o Bezerra da Silva como ator na cena.
Ela disse vou ver esse filme porque ele é um desagravo.
Mas o samba povão deixou minha moça de fato grilada.
Ela chega a fechar os olhos por motivo de grande emoção,
quando viu na telona o sambista real na sua vida privada.
Na primeira cena, o começo, é ligado com um rabecão.
Eu falei: Minha nega o samba é coisa de gente bem séria.
Garateia de ideias do censo comum do mundo povão,
aonde a cultura rasga o verso no código João da Gomea,
quando a crítica vem do olhar afinado do homem peão.
Segue em frente o pagode tocado em cavaco de ouvido,
descrevendo o cotidiano do morro e de seus cidadãos.
Na caixinha de fosforo o toque é bemol sustenido,
despistando a lei que não vem com a macaca e o bandido.
Porque o bicho que pega aparece é com um Tresoitão.
O Jeitinho é a forma mais publica desses barretes.
Nas vielas e becos e bicos de tantas Catraias.
Solução é silencio melhor do que ser "caguete".
O Pagode provem desses duros e dos rabos de saia.
Minha nega se assusta com a justa nesses palacetes.
Essa laje elegante é pro samba do mestre da obra,
a poesia ali esta longe de qualquer verbete.
O malandro é malandro e o mané é aquele calhorda.
ser gourmet é legal, mas na fome farofa de areia é banquete.
Quem não quer entender faz carinho no peito peludo da sogra.
Para sede do espírito um salgado e conhaque sovaco de cobra.
Quem discute a origem da erva é o Genoma semente.
Se tem gente safada no morro, essa gente manobra.
Pois procure mudar o olhar com a visão dessa fala latente,
sem ter constrangimento diante da vida na dobra.
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
A acrobata no circo da alma
Fotografia: O circo da beleza- Maba
Kãma fazendo o convite
ao instinto passional
Divindade em Afrodith
Fuga aos demonios de Lilith
Pior pecado capital
Anuket deusa do egito
Aonde Pan põe o apito
da alegria interracial
Sob as camisas de Venus
sopram os desígnos de Eros
sobram gemidos e berros
alguns mais e outros menos
Dionísico ritual
feito ao luar Muísca
impossivel a onanistas
Tlazotéotl imortal
Seja em que povo for
Sade é prazer na dor
Luxúria é Carnaval.
Mas ao fim dessa paixão
vazia vai sem virtude
quem dela vive se ilude
na solidão amoral.
.
Kãma fazendo o convite
ao instinto passional
Divindade em Afrodith
Fuga aos demonios de Lilith
Pior pecado capital
Anuket deusa do egito
Aonde Pan põe o apito
da alegria interracial
Sob as camisas de Venus
sopram os desígnos de Eros
sobram gemidos e berros
alguns mais e outros menos
Dionísico ritual
feito ao luar Muísca
impossivel a onanistas
Tlazotéotl imortal
Seja em que povo for
Sade é prazer na dor
Luxúria é Carnaval.
Mas ao fim dessa paixão
vazia vai sem virtude
quem dela vive se ilude
na solidão amoral.
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