Foto: Louis e Bandeira do Polem- s/d -Blog polem
Há num cantinho do Leme,
bem nas portas de Copacabana,
quando é noite a serena.
Ao sereno se declama,
sobre os toldos da poesia
com seu perfume de dama.
Sopram seus temas poetas,
edificando as ventanas.
Por onde o poema na certa
há de trazer peito em festa,
versando em nobre etnia,
para encontrar quem o chama.
Vem entre um gole de pinga,
um quentão, um vinho pobre.
Para que a garganta amiga
aquecida o verso entorne,
numa letra de cantiga.
Onde outro poema ocorre.
São como galos de briga,
põem esporão nas palavras,
Com as quais fazem as vigas,
do quiosque onde eu estava.
Se a poesia é liga,
é como o samba, não morre.
As trovas por liturgia,
as musas por companhia,
a pedra fazendo campana,
olhem bem a lua que espia.
jogando sua luz vadia,
na poesia urbana.
O mar na areia faz franja,
alguma rima lhe havia,
com o ronco rouco pedia,
mas esse verso por canja.
Já próximo o sol se arranja,
finando a noite no dia.