Corria o ano da graça de 1979 quando frequentava o curso de economia no prédio onde em outros tempos o frequentou Lima Barreto, outro maldito . Passado o tempo e voltando aos anos fins dos anos 70, entre minhas notas baixas e a altura dos palavrões da saudosa professora Maria da Conceição Tavares, entre a fome depois da Natação e o Bandejão Salvador, na arena do anfiteatro que rodeava as salas de aula com suas paredes grossas do antigo manicômio, ou nas cervejas do boteco interno do campus praia vermelha, era quase cotidiana a presença do Jads Macalé , vizinho da casa. Trazia sempre o violão e cantava odes aos seus companheiros torcedores urubuzados pelo Henfil . Época em que se recusava a trajar o corpo franzino com qualquer coisa que não fosse uma camisa, para ele indefectível, bem surrada do Flamengo . Tem gente muito mais psi do que um velho poético. Lembrei-me dessa passagem hoje e acho que o assunto não é o flamengo, mas um flamenguista ilustre.
