Para ler poesia basta ter calma, Para ler Poesia basta ter paixão, deixe-a incidir subcutânea, trama das retinas à veia aorta para faxina do coração.
Citações
A palavra é o fio de ouro do pensamento.
SÓCRATES
sexta-feira, 24 de julho de 2009
Solidão(o trago da seda)
A hora da solidão não se conta no tempo,
porque é solitária a hora que não passa.
E sendo tempo e solitude, não vai embora
nessa ausência presente; Vira devassa.
quem a mesma solidão em si ressente,
tem no peito os nós e a dor dessa fumaça.
Como um absurdo gole de aguardente,
queimando a voz e calando assim a graça.
Ah! solidão, senhora impura e indecente,
que vive nua envolta em carapaça.
Traz no barulho surdo da serpente,
o soar distante que a saudade laça.
pode-se estar só em volta a muita gente,
a solidão pode existir em coletiva escala.
A falta está é nessa hora inclemente,
em que te espero e o celular se cala.
Ao desespero, inerte como indigente,
descontente espero a sua chegada.
Entre o caminho, seu atraso e minha lente,
vejo muitos passos para pouca estrada.
Sera que falta de mim já não sente?
Ou na lembrança sou eu coisa ignara.
A sua falta em mim completamente,
deixa em silencio a paz que me roubara.
terça-feira, 21 de julho de 2009
Menestrel menstrual(a puta me encantou)
Mulher deitada-1966- Di Cavalcanti
A mulher deitada ao meu lado chorava dores, seu corpo cheirava ao todo os sofrimentos seus.
Eram tantos sofrimentos de femininas cores, tive vontade de desvenda-los como um Deus.
Mas sendo apenas um homem de feição mortal, só pude abraça-la forte e aquecer-lhe o ventre.
A minha vontade mesmo era invadir-lhe o trauma com minhas armas de sorriso. Assim portando a espada de butilbrometo de escopolamina, cometi uma fatal atitude assassina, passional e apaixonada.
Matei a sangue frio suas tristezas físicas, e resgatei a felicidade sequestrada, devolvendo-a em tranquila paz para o conforto de minha namorada.
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domingo, 19 de julho de 2009
Rodriguiano(a puta me encantou)
Clown-1999- Bernard Buffet
Sou um clown rodriguiano,
pois a vida é como ela é.
As vezes choro um engano,
outras o bebo num café.
Quando a paixão me abandona,
percalços de desilusão.
Meu peito é que vai à lona.
Sozinho levanto do chão.
Trago no calor humano,
malabares quando em pé.
Meu calcanhar é mundano,
virgem em cada mulher.
Cujo corpo nú profano,
para saber quem ela é.
Se a encontro dentro eu a amo,
se não a encontro, dou ré.
So Por amor me equilibro.
Calibro meu caminhar
de acordo com o carinho,
da cama que me acordar
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