Fotografia: Amor perfeito- Diana Figueredo Costa
A tarde espreguiça lá fora.
Aqui dentro a arte é senhora.
Vai à cozinha,
faz um pão quente.
Come-o como a mim.
Vai ao banheiro,
escova os dentes.
Lava o corpo no chuveiro.
que bem lhe caia
Passa nos cabelos
meu velho pente.
Veste uma saia,
bem displicente.
Escolhe camisa no camiseiro.
Da-me um cheiro,
de seu primeiro.
deixa a toalha no secador
e vai embora dizendo
tchaw amor.
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Para ler poesia basta ter calma, Para ler Poesia basta ter paixão, deixe-a incidir subcutânea, trama das retinas à veia aorta para faxina do coração.
Citações
A palavra é o fio de ouro do pensamento.
SÓCRATES
sábado, 2 de outubro de 2010
De costas ao mar ( Mamulengo)
Fotografia: Sob a sombra da pátria amada
Amanhã,de um país virá seu povo!
Essa manhã vira seu povo!
A manhã de um país.
O verá seu povo!
O amanhã de um país!
O viverá seu povo!
Qual amanhã?
Em que Manhã?
De onde virá?
O que verá?
Em que lugar
desse país?
O que será que será
Nação matriz?
Que povo há de chegar
desses "Brasis",
de costas ao mar?
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sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Orquestra (Mamulengo)
Dançar é levar o corpo
para passear na música!
.
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quinta-feira, 30 de setembro de 2010
Vadia ( Mamulengo)
Fotografia:Voa beijo voa-Sônia Cristina Carvalho
A poesia é uma namorada vadia.
Beija a boca da gente,
some no meio da noite,
volta depois de alguns dias.
Não fala ao poeta aonde foi,
mas vem cheia de alegria.
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A poesia é uma namorada vadia.
Beija a boca da gente,
some no meio da noite,
volta depois de alguns dias.
Não fala ao poeta aonde foi,
mas vem cheia de alegria.
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quarta-feira, 29 de setembro de 2010
Aos poetas que a portela espera.( Perna B. é do samba)
Às meninas que só querem sambar.
Pois o Samba tem mesmo uma trama,
quem o souber viver, sarava.
Os meninos bem vêm a farra,
mas não respeitam o alguidar.
Tremem com as pernas bambas,
Eles não sabem sambar.
As meninas querem Portela.
Querem no azul amar.
Mas o amor tem tramelas,
comuns em toda favela
com segredos para entrar.
A porta que existe nelas
É cultura de sentinela.
Têm na linhagem do samba,
a língua mais popular.
Bonitas, passam à verá.
Mas o que mais lhes apressa,
é mesmo o presságio de amar.
Para isso não tem tempo certo,
sejam melhor incorretos,
tropecem de bar em bar.
Nos corpos mais prediletos,
bebam todas as doses.
Cirrose de amor é saudável
depois do amor, é sonhar.
Talvez no caminho errado
posto que o errar vicia,
O tempo da bateria,
se mede no couro aquentar.
Não no que dele se estoura,
com mais um beijo na lista.
Couro que estoura na pista
não vê a rainha passar.
Viver o amor é um feitiço.
Ninguém tem nada com isso,
se outros quiseram gozar.
Meninos não fechem as portas,
porque amar é o que importa.
O samba do amor não tem volta,
feliz de quem o cantar.
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Meu homem ( A puta me contou)
Fotografia: Casal de São Vito- Monica Cardoso
Imail enviado por Jô a escrava do amor.
Meu parceiro de crença.
Meu amigo de amor.
Entra sem fazer dor,
também sem pedir licença.
Esqueço das desavenças,
apago o dissabor,
trazido de outro homem.
Embrenhada de calor.
Vem pela porta dos fundos,
vaza meu corpo junto.
Muda os meus profundos,
pinta em mim outra cor.
Derruba paredes e muros,
desfaz histórias e lendas.
Mostra-me um outro mundo,
no qual mistérios desvenda
Abre em mim uma fenda,
por onde liberta o ontem,
sem me pedir que lhe conte.
Inventa-me de outro jeito,
instala-se no meu peito,
bem aqui e bem agora.
Nisso eu fico feliz,
mesmo se a manhã diz,
que ele se vai embora.
Pizza ( Banguelê )
O que se faz de cultura de massa
Hoje é cultura em massa
Amassa, amassa, amassa
Uma pasta retrátil e elástica
Podendo romper ou conter cultura.
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O mar quando Quebra ( Mamulengo)
Fotografia: Os Homens e o mar-Mrsuigeneris
Tem Hora
que o mar
de dentro
da gente
é maior
que o mar
Lá de fora
O mar
inconsciente
É rede
É rente
Fervente
Ressaca
quando
evapora
É sede
Vidente
E sente
O outro
é indiferente
Somente
quebra
Insolente
Ontem
amanhã
E agora.
.
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que o mar
de dentro
da gente
é maior
que o mar
Lá de fora
O mar
inconsciente
É rede
É rente
Fervente
Ressaca
quando
evapora
É sede
Vidente
E sente
O outro
é indiferente
Somente
quebra
Insolente
Ontem
amanhã
E agora.
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domingo, 26 de setembro de 2010
Ilú ( Mamulengo)
Para quem tem olhar de araque!
Recomendo ouvir O Mundo,
na voz da banda do André, o Karnak.
Para se olhar, para se enchergar a valer.
Para ouvir-se, ouvindo o Ilú, o Atabaque.
No que soa Candomblé na fala Alabê.
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Cadê ( Mamulengo)
Talvez o que procuro,
esteja nos olhos do ciclone.
Se talvez lá não esteja,
esteja na língua sem nome,
dos lábios finos de sorrisos.
Como a esconder avisos.
Nas ondas do mar mais maduro,
no escuro arriscado esconjuro,
no caminhar casuísmo,
do meu próprio tsunami.
Talvez o que procuro,
seja eu mesmo nesse escuro,
já tendo perdido o liame.
Por isso, caso não me encontre,
ao pronunciar o meu nome,
eu tenha um codinome,
para acomodar os cinismos.
Caminhos de passos duros,
sem as aparas dos seguros.
Modo estrangeiro de viver.
Talvez o que procuro,
eu traga nos olhos dos murros,
dados nas pontas das facas,
com o perfume de alfavaca,
na carne dos inseguros,
para fazer o acontecer.
Nos tratos de submundo
os rasgos calam profundo,
quebrando pontas de estacas,
com as gargalhadas de prazer.
.
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