Meu corpo é uma taça trincada , ele é uma casca de ovo. Meu corpo é a fragilidade da comunidade , meu corpo é o corpo do povo, no exercício organizado do instituto. É meu corpo a pista do palácio da avenida Brasil, meu corpo é vital , meu corpo é viril, é etc… é coisa e tal . Não é luto, é luta, é isso meu corpo ! Para algumas foi gostoso, para outras foi fatal. Meu corpo não é senhor de mim, meu corpo sou eu, e eu sou assim. Tenho que vencer limites, tenho que respeitar seus clics , tenho que ouvi-lo enfim. Pelo meu corpo passam pessoas que o conhecem no tempo, mas ele aparece ao vento. Ele, sendo eu diferente, pode também ser lamento , pode também ser saudade . Meu corpo, para viver, invade uma outra comum realidade, e resiste, e insiste , e goza. Sendo corpo de um poeta meu corpo é verso, meu corpo é prosa, ele guarda o perfume da rosa por onde ousa passar . Meu corpo curva involuta, é corpo de resistência, esse corpo de dificuldades filhas da puta que a vida resolveu me dar. Esse corpo guarda com especial carinho quem pelo meu caminho , de alguma forma fez-se dele destino, fez-se dele, participar. É assim que a vida é, bela, gostosa e canora. Vida que é professora aonde se revele . Pode ter nome difícil, pode ter nome de fado, pode, como corpo também é pele , ser agradecimento, pode ser agraciado . Se pode, e é corpo de fato , ser muito, muito mesmo ,obrigado ao sensível mestrado que será sempre lembrado Com o nome Danielle.