Foto: Fernando Quevedo / O Globo
O que há de novo no ano novo
é o que há de bom no ano bom.
Que surpresa haverá dentro do ovo?
Qual cantiga haverá? qual é o tom?
O poeta já o viu dentro da gente,
escondido num cantinho sem ter som.
Todo dia é um ano novo emergente,
renovado no ano tempo como um dom.
O que há no ano novo é tão presente,
é o que está desde antes adentro à mente,
com o que já acostumamos de estar com.
Quando os fogos lá no céu espalham luzes,
nos avisam que a hora é a da felicidade.
Mas ela vem de aonde está, não vem de alhures,
externa apenas os sorrisos das verdades.
De comum o ano novo é uma festa
diluída nos desejos da cidade.
Das fanfarras que a alegria assim orquestra
soprem ventos de mais solidariedade.
Outrossim nos reinventamos nesse sopro
a que nos mesmos chamamos realidade.
Quanto mais a vida segue e ganha corpo,
mais inteira, mais soma, menos metade.
Sempre o ano novamente nos começa,
enquanto o outro finda dentro da saudade.
Para ler poesia basta ter calma, Para ler Poesia basta ter paixão, deixe-a incidir subcutânea, trama das retinas à veia aorta para faxina do coração.
Citações
A palavra é o fio de ouro do pensamento.
SÓCRATES
sexta-feira, 28 de dezembro de 2012
domingo, 23 de dezembro de 2012
Dos caminhos do amor.( O trago da seda)
Salvador Dali- Poster : Winter and summer Patient Lovers-1973
Coração é terra imprecisa.
A conhece quem nela se aventurou.
Só quem sofre de amar o avaliza,
até o assina em nome desse amor.
Cada um fale do seu, mesmo à guisa
de desdenhar ou de haver valor.
Paixão é quando a alma se anarquiza,
vai ao chão, leva uma pisa.
A ilusão é água mole em pedra lisa,
e há quem diga que o afeto é uma flor.
Pobre é aquele que no amor economiza,
não se entrega, fica só, não alça voo.
A saudade é uma distancia poetisa,
e a solidão quando chega não avisa,
é um vazio de feitio sem calor.
O sorriso dos amantes é uma brisa,
tem segredos de olhar da Monalisa,
tem razões que a própria razão nem notou.
Coração é terra imprecisa.
A conhece quem nela se aventurou.
Só quem sofre de amar o avaliza,
até o assina em nome desse amor.
Cada um fale do seu, mesmo à guisa
de desdenhar ou de haver valor.
Paixão é quando a alma se anarquiza,
vai ao chão, leva uma pisa.
A ilusão é água mole em pedra lisa,
e há quem diga que o afeto é uma flor.
Pobre é aquele que no amor economiza,
não se entrega, fica só, não alça voo.
A saudade é uma distancia poetisa,
e a solidão quando chega não avisa,
é um vazio de feitio sem calor.
O sorriso dos amantes é uma brisa,
tem segredos de olhar da Monalisa,
tem razões que a própria razão nem notou.
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