fotografia: Acabou- Carolynne Tavares
Eu sei que você é Punk,
mas é que eu sou Mangue,
caso não me identifique.
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Mistura de dinamite,
versa explosão bumerangue.
O amor não tem forma exangue,
é veia de romper diques.
Desejo não é ofício,
coisa de pele é sacana.
Amar é transcender cama,
passa alem do sexo início.
Se a tara é grande demais,
parece mesmo difícil.
Meu corpo não é seu vício,
porto ou beira de cais.
Não sou poesia chique.
Sou breu, fundo de mar.
Não sei se você vai gostar,
mas eu não sou beatnick.
Estar junto não é estar perto,
depois haverá quem se zangue.
Afetos perdem o sangue,
quando o amor não da certo.
Vá procurar outro porto.
O amor acabou, ficou torto.
Agora que já é morto,
não há mais o que acordar.
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