Fotografia: O diabo saiu à rua- Francisco Fadista
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Hoje, passando no fio da navalha,
vi o tenaz desejo e a solução.
Tinha um beijo guardado no teu sonho.
Tião medonho sou, o teu ladrão.
Diabo coxo de vinho e adrenalina,
peguei-te o sonho com as minhas mãos.
Joguei teu corpo num lagar vindima,
depois pisei com o coração.
O amor que queres é mesmo incorreto,
Algo como os que trazes na memória.
Mudo em ti os fatos, sou o incerto.
Sou eu a diferença dessa história.
Todos que amaste não me valem.
Sofrimento alheio, menos então.
Tenho na vara que te invade,
a alegria inversa da paixão.
O que importa aqui é corpo, e arde.
Negar-te ao calor, é solidão.
A minha diferença é o fio da arte.
O meu amor, por gosto, é mandrião.
Ninguém jamais te amou assim.
Nem que assim se pareça também.
Não tenho começo nem sou fim.
Apenas um homem que te faz bem.
http://www.mauro-paralerpoesiabastatercalma.blogspot.com/
2 comentários:
nossa!
Dói !
Maria
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