Fotografia: Para o meu Amor-Márcio R. de Souza
Poeminha para Jô
Essa moça chegou mansinho,
quebrou a louça dentro de mim.
Temendo que alguém nos ouça,
cantamos Lorca em Mandarim.
Essa moça tem um trejeito,
que me fascina ao se despir.
Rebola a bunda de um jeito,
pra calça apertada poder sair.
Depois que pula na cama,
traz é uma dama de cabaré.
Fatal e de carne quente,
passa-me ao dente, essa mulher.
Essa louca fala baixinho,
diz-me carinhos de por em pé.
Depois abre os seus lábios,
todos molhados de frente e ré.
Seguro bem apertado
como um tarado as suas ancas
de jeito inusitado meto de lado
a perna que não manca
Os nomes ditos e ouvidos,
são sustenidos, chuva de prata.
Mexem com a minha libido,
os seus gemidos de vira lata.
Veludo tem a canina,
com a boca rima capa e espada.
Depois se aninha em cima,
dançando o corpo de namorada.
Volto, desço ainda,
aonde me acho, a nua senda.
grelo de guardar língua
só para vê-la alagar a fenda.
De mim ela engole tudo,
como charuto de degustação.
Eu nela entro bem fundo,
então pergunto, gozou coração?
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