Fotografia: Bar- José
Meu amor tenho olhos tristes agora,de onde venho a saudade se demora.
Os meus braços te desejam abraçar.
Rodei mundos de chão noites afora,
na Serrinha namorei outra senhora.
A solidão enganou o meu olhar.
Meu amor se vestiu de dama fina,
maltratando um vadio de esquina.
Fiz-lhe um samba bem facinho de cantar.
Ela disse esse samba não tem rima,
seu desejo, poeta, é só estima,
seu abraço é de balcão de bar.
Meu amor fez um sorriso de atriz,
desdenhando dos beijos como esfinge.
Muito esnobe no mundo de quem finge.
Pôs o encontro vazado na ilusão,
foi-se embora, de mim, porque não quis,
esse samba com feitio de raiz
num torresmo no caldinho de feijão.
http://www.mauro-paralerpoesiabastatercalma.blogspot.com/
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