Foto: Marcos Magaldi
O poeta exprime pessoas em
personatos de si mesmos,
talvez por isso resiste se enganando.
Às vezes parece ser o bobo, o
leso
por divergências sobre como as coisas acontecem,
no tempo de todos.
Tendo que olha-las de forma única se passando.
Observador da vida sob uma
ótica outra que não estão olhando,
falante da existência humana com palavras que não estão nos planos.
Sintáxico nessa forma de olhar diferente, o novo, o comum, o fulano.
Vendo o mar na terra e a terra nos oceanos,
despido quando vai ao amor, e sofre dele todos os seus danos.
Tecendo pulmões de respirar a noite no citim negro da morte
às vezes nas estrelas dela mesma, se afogando.
Sendo só um, dentre tantas outras
personalidades.
Simples tradutor de sonhos, irmanados de humildade
como quem joga com as pernas tortas e vai
driblando.
Morrendo de viver vida de drible em adversidades,
renasce no que está morrendo, se
reumanizando,
refaz-se da poesia assim o "
baypass", a propriedade
caindo no samba ao seguir sambando.
Na solidão de si ser de tantos,
um palhaço de olhar ligeiro,
passaporte para as palavras.
Estafeta de um saber primeiro,
um outro jeito de pensar, outro paradeiro.
Viver nos versos é luta dos
troveiros,
ou para rimar,
bater na sua porta
e poder entrar,
da forma mais
prazeirosa
que você gostar,
até a significação molhada
de chover na madrugada
de se amar.
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