Fotografia: O diabo saiu à rua- Francisco Fadista
.
Hoje, passando no fio da navalha,
vi o tenaz desejo e a solução.
Tinha um beijo guardado no teu sonho.
Tião medonho sou, o teu ladrão.
Diabo coxo de vinho e adrenalina,
peguei-te o sonho com as minhas mãos.
Joguei teu corpo num lagar vindima,
depois pisei com o coração.
O amor que queres é mesmo incorreto,
Algo como os que trazes na memória.
Mudo em ti os fatos, sou o incerto.
Sou eu a diferença dessa história.
Todos que amaste não me valem.
Sofrimento alheio, menos então.
Tenho na vara que te invade,
a alegria inversa da paixão.
O que importa aqui é corpo, e arde.
Negar-te ao calor, é solidão.
A minha diferença é o fio da arte.
O meu amor, por gosto, é mandrião.
Ninguém jamais te amou assim.
Nem que assim se pareça também.
Não tenho começo nem sou fim.
Apenas um homem que te faz bem.
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Para ler poesia basta ter calma, Para ler Poesia basta ter paixão, deixe-a incidir subcutânea, trama das retinas à veia aorta para faxina do coração.
Citações
A palavra é o fio de ouro do pensamento.
SÓCRATES
sábado, 16 de outubro de 2010
Lacan de lingua ( Mamulengo)
Vou pro Samba( Perna bamba é do samba)
Fotografia: Ela Samba-Alexandre Pinta
Vou pro samba na esquina do pé sujo.Vou levando a cuíca na sacola.
O pé sujo fica lá no Caramujo.
Me acompanham um tantan e uma viola.
Vou pro samba porque o samba é da hora.
Tem Arlindo, Paulinho e tem Cartola.
No Samba ponho o coração pra fora.
"Cantando eu mando a tristeza embora."
Vou pro samba pra festejar o Cacique.
Vou tocar pra uma moça que rebola.
Quando ela samba algo em mim liga num Clik!
No repenique me anima essa senhora
Vou pro samba que o samba esta me esperando,
quando ele chama tem que ser, é sua glória.
Se eu não fosse seria homem que desiste.
Isso não existe, porque vou pro samba agora.
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sexta-feira, 15 de outubro de 2010
Aos mestres ( Mamulengo)
Fotografia: Cavalo Marinho do Mestre Salustiano
Mestre é o que ensina o outroo que a si soube prover.
Mestre é o que ganha pouco,
Vira-se em oito para viver.
Mestre ilumina mentes,
rega sementes,
faz florecer.
Mestre vive apertado,
passa o legado
para o outro crescer.
Mestre sabe a esgrima,
tem auto estima,
abnegação.
Mestre não desanima,
vai construindo o cidadão.
Mestre trabalha em casa,
criando asas
de imaginação.
Mestre que vira as noites
com tantos cadernos para correção.
Mestre é a quem devemos
a queda das vendas da escuridão.
Mestre que é ágora e templo,
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Gozou coração ( Mamulengo)
Fotografia: Para o meu Amor-Márcio R. de Souza
Poeminha para Jô
Essa moça chegou mansinho,
quebrou a louça dentro de mim.
Temendo que alguém nos ouça,
cantamos Lorca em Mandarim.
Essa moça tem um trejeito,
que me fascina ao se despir.
Rebola a bunda de um jeito,
pra calça apertada poder sair.
Depois que pula na cama,
traz é uma dama de cabaré.
Fatal e de carne quente,
passa-me ao dente, essa mulher.
Essa louca fala baixinho,
diz-me carinhos de por em pé.
Depois abre os seus lábios,
todos molhados de frente e ré.
Seguro bem apertado
como um tarado as suas ancas
de jeito inusitado meto de lado
a perna que não manca
Os nomes ditos e ouvidos,
são sustenidos, chuva de prata.
Mexem com a minha libido,
os seus gemidos de vira lata.
Veludo tem a canina,
com a boca rima capa e espada.
Depois se aninha em cima,
dançando o corpo de namorada.
Volto, desço ainda,
aonde me acho, a nua senda.
grelo de guardar língua
só para vê-la alagar a fenda.
De mim ela engole tudo,
como charuto de degustação.
Eu nela entro bem fundo,
então pergunto, gozou coração?
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terça-feira, 12 de outubro de 2010
Crianças ( Mamulengo)
Fotografia: Sorriso de criança-José torres
Todo mundo é criançaTodo mundo pinta a cara
Todo mundo brinca e dança
Todo mundo da risada
Todo mundo vê palhaços
Todo mundo chuta latas
Todo mundo quer abraços
Mariola ou marmelada
Todo mundo deita e rola
Todo mundo vai à praça
Todo mundo chuta bola
Todo mundo faz pirraça
Todo mundo da beijinhos
Todo mundo acha graça
Todo mundo é novinho
Quando a novidade passa
Todo mundo quer um cheiro
Todo mundo da as mãos
Todo mundo quer brinquedo
Todo mundo é coração
Todo mundo chora medos
Quando o bicho é papão
Todo mundo tem segredos
Pra contar na escuridão
Todo mundo come o doce
Todo mundo quer prazer
Todo mundo vê gigantes
Quando para de crescer
Todo mundo fica grande
Passa anel de Bambolê
Todo mundo tem instantes
De desenhos na TV
Todo mundo vê princesas
Todo mundo lambe o prato
Todo mundo é sobremesa
Todo príncipe é sapo
Todo mundo tem estima
Todo mundo é short ou trança
Todo mundo tem esquinas
De retratar na lembrança.
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Caldinho de feijão( perna bamba é do samba)
Fotografia: Bar- José
Meu amor tenho olhos tristes agora,de onde venho a saudade se demora.
Os meus braços te desejam abraçar.
Rodei mundos de chão noites afora,
na Serrinha namorei outra senhora.
A solidão enganou o meu olhar.
Meu amor se vestiu de dama fina,
maltratando um vadio de esquina.
Fiz-lhe um samba bem facinho de cantar.
Ela disse esse samba não tem rima,
seu desejo, poeta, é só estima,
seu abraço é de balcão de bar.
Meu amor fez um sorriso de atriz,
desdenhando dos beijos como esfinge.
Muito esnobe no mundo de quem finge.
Pôs o encontro vazado na ilusão,
foi-se embora, de mim, porque não quis,
esse samba com feitio de raiz
num torresmo no caldinho de feijão.
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segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Ciclo ( Mamulengo)
Fotografia: Espetáculo- João Chaves
Quando acordo ontem,tenho muito trabalho.
Refazer a vida em um dia
novinho em folha,
para aguardar a memória
amanhã.
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Para minha amiga sorrir ( Mamulengo)
Fotografia: Alegria, alegria- João Freitas
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A minha amiga bonita,
de toda, é mulher beleza.
Tem nos olhos jovem brisa,
tem charme de baronesa.
Meninas de poetisa,
convívio de igual leveza.
Pois essa amiga tão linda,
cheia de vivacidade,
em si mesmo sofre ainda,
farpas de amor saudade.
Amado inconsequente,
esse sujeito insolente,
trazendo a tristeza rente
à minha nova amizade.
Se eu fosse cabo ou tenente
mandava esse delinquente
voltar-lhe a felicidade.
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A lá Bangu ( Mamulengo)
Fotografia: Bangú- Núbia Andrade
Deu no New York Timesque o nosso amor se acabou
no caminho de Anchieta,
Realengo e Jabour
de fato ele respirava
meia bomba a lá Bangú.
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