Fotografia: Evandro Teixeira
Para Helen, que busca dar forma ao pastelão
.
Quando o corpo em si limita,
encurta o rumo da estrada.
O comum é a vida finita,
no espaço que ela habita,
e no possível é reconquistada.
Por mais que assim seja aflita,
que a noite não seja bonita,
Há sempre um sol madrugada.
Sempre a esperança é esperada
n'alguma palavra que é dita,
diante da postura errada
perante o pó da passada,
haverá uma tal saída.
Haverá de surgir, qual do nada,
realinhando a prumada,
uma seta que diga siga.
Como algo em que se mitiga
o percalço da jornada,
aliviando a fadiga,
reabilitando essa vida,
como prendendo a mijada.
Em uma atitude amiga,
qual da Guiné venha figa,
com as mãos mais apropriadas.