Bruno Big- Pulsa
Eu não sou prumo,
alinhado permanente.
Por vigor resiliente,
não me acostumo
com a corrente
aguilhoada dos apuros.
Coração de núcleo duro
esconde a gente.
da emoção emergente
do olhar impuro.
As minhas horas
têm vertiginadas portas,
duvidar não me amarrota
tão simplesmente.
O meu resumo
nunca é indiferente,
possuo o inconveniente
nas minhas rotas.
Há chapa quente
no sorriso dos meus dentes
meu desejo é sangue ardente
para carótidas.
E no conforto contraforte
das montanhas permanentes
meu remar contra corrente
é a minha cota.
Sou ser vivente.
Tenho a consciência por norte;
E na minha lente
a mirada é mais á frente.
Por mais que a vida me entorte,
eu sou coerente.
Não tenho absolutamente
nenhum acordo com a morte.