Para ler poesia basta ter calma, Para ler Poesia basta ter paixão, deixe-a incidir subcutânea, trama das retinas à veia aorta para faxina do coração.
Citações
A palavra é o fio de ouro do pensamento.
SÓCRATES
terça-feira, 29 de maio de 2012
É o bicho pagando( Perna bamba é do samba)
fotografia: Museu da Polícia civil
Sobre o céu azul das terras brasileiras,
na asa delta do descobridor Cabral.
Nas cascatas e nas grandes cachoeiras,
tanta agua e tanta sede nos jornais.
Contra o vento banham muitos animais,
avestruz, águia, burro, borboleta,
nessa nau fantasma qual Catarineta,
o zoológico contábil faz Carnaval,.
Tem cachorro, tem cabra, e tem carneiro,
tem político atolado em atoleiro,
tem perilo, pirâmide, tem um mal cheiro,
empreiteiro fornicando no quintal.
Na corcova do camelo entra a cobra,
superfaturando a custo nossas obras,
Da cartola do coelho o capital.
Agneologia é algo escondido,
a cidade de Queiroz tem um zumbido,
tem cavalo dado com cela e estribo,
solapando o fràgil erário nacional.
Pra cacique cavalgar como elegante,
misto público e privado é gritante.
O elefante esta escondido no embornal.
Senador ganhando mimos de regalo,
esse almoço devo lhes dizer é caro,
cada cidadão aqui perde um galo,
para o gato ficar rico no final.
Desse jeito a sociedade é ré,
sofre o custo da mordida ao Jacaré.
Nos impostos, e em tantos outros custos,
onde a seca faz sofrer lá no Assaré.
Aonde a agua molha a mão mais que aos pés,
a saúde e educação tem gastos curtos.
É preciso desvendar a solução.
O desvio morde mais que o leão,
tem macaco pendurado no arbusto.
As divisas decolam do aeroporto,
depois voltam da offshore bem mais limpinhas.
São de ouro os ovos dessa galinha,
A tomada não é focinho do porco.
O ladrão de colarinho não tem rosto,
se me perguntarem, nego, eu digo não.
O meu voto anda valendo tão pouco,
colorida e azul é a calda do pavão.
CPI é um senado em fogo morto,
cheio de pau velho que já nasceu torto,
pleiteando a arte na televisão.
Nessa jogatina o pobre entra com o cu,
sete e sete à oitenta entra peru.
A gaiola das loucas toma o tesouro,
do eleitor presado que não é panaca.
A gente não tem cara de babaca,
aceitar isso é aparecer mais tolo.
É preciso tourear, vencer o touro,
é melhor chutar o pau dessa barraca.
Na vitória e no feijão ficam os louros,
para ver se a política progride.
Tantas fezes ha nos ombros desse tigre,
pois escrevo indignado com a caca.
Nos sabemos distinguir o amigo urso,
quando descobrimos roubo deslavado.
Depois vem o senador e o deputado
dizer aquilo que lhes parece justo.
Às dezenas, ás centenas, blá, blá,blá.
Corrupção é algo feito em par.
Nas apostas desse assunto delicado,
servidor anda se servindo um bocado,
faz a vida na propina do milhar.
Ha mais chifre de cavalo em veado,
por consórcio os quatro lados são cercados,
dominando o sistema do cerrado,
basta olhar num sobrevoo ao governar.
Poesia é uma absurda maritaca,
a palavra é um bom drible da vaca,
conta a história do Real de algum lugar.
domingo, 27 de maio de 2012
Afago ( O olhar da carranca)
Fotografia: Afago Sereno- Pedro Antônio Scharam
Nasci da linhagem do anjo torto
das avenidas de nuvens, mas no fundo
o chão é a prótese do meu corpo.
O bonde que hoje passa, é perigo.
Expande o viés trágico do mundo,
nas máquinas doidas de caçar niqueis.
Cresci na aragem de pedra desse porto.
Já o conheço tanto, já o conheço pouco.
Os que têm abrigo que se curvem,
a ousadia é mais que conforto.
No tempo da estiagem não trago sorriso morto.
Meu amor briga, quer paparico.
Ela tem dores até na alma, eu a sigo
aonde o amor cala mais fundo.
Ah... minha amada, o amor é louco!
É aonde estão as asas, o resto é aborto.
Muitos amam mesmo é a si, e não ao outro.
Choram, sofrem, gozam o desgosto.
A tranquilidade é um susto, mas é algo rico.
Eu preciso ficar atento, meu amor quer paparico.
Não tenho sete faces que embaralhem meu rosto
Não conheço nada fácil, às vezes me complico.
Num único olhar procuro deixar tudo exposto.
Ninguém leu a minha mão, o mundo é o ombro amigo.
Trago-lhe as flores da primavera de agosto.
Quem não tem coragem de amar, não põe o bico.
Deixando isso bem claro diante do aviso rouco,
sei do sussurro do corpo muito mais que do grito.
Sei da vontade de amar se meu amor quer paparico.
Nasci da linhagem do anjo torto
das avenidas de nuvens, mas no fundo
o chão é a prótese do meu corpo.
O bonde que hoje passa, é perigo.
Expande o viés trágico do mundo,
nas máquinas doidas de caçar niqueis.
Cresci na aragem de pedra desse porto.
Já o conheço tanto, já o conheço pouco.
Os que têm abrigo que se curvem,
a ousadia é mais que conforto.
No tempo da estiagem não trago sorriso morto.
Meu amor briga, quer paparico.
Ela tem dores até na alma, eu a sigo
aonde o amor cala mais fundo.
Ah... minha amada, o amor é louco!
É aonde estão as asas, o resto é aborto.
Muitos amam mesmo é a si, e não ao outro.
Choram, sofrem, gozam o desgosto.
A tranquilidade é um susto, mas é algo rico.
Eu preciso ficar atento, meu amor quer paparico.
Não tenho sete faces que embaralhem meu rosto
Não conheço nada fácil, às vezes me complico.
Num único olhar procuro deixar tudo exposto.
Ninguém leu a minha mão, o mundo é o ombro amigo.
Trago-lhe as flores da primavera de agosto.
Quem não tem coragem de amar, não põe o bico.
Deixando isso bem claro diante do aviso rouco,
sei do sussurro do corpo muito mais que do grito.
Sei da vontade de amar se meu amor quer paparico.
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