Grafitti na rua, s/d, Osgemeos
Quem é o tolo malandro,
que a tudo que ela diz, critica?
Parece esperto brigando,
mas compra agua de cuíca.
Olha como ele é bobo,
não sabe que o amor é fé.
Só no grito da esporro,
assim vai perder a mulher.
Se o pagode não apeteceu,
não faça papel de estorvo.
Agora o problema é seu,
assim é que nasce um corno.
Do samba ele não tem larica,
no samba ele não tá ligado.
Quando houve o som da cuíca,
o cabrão fica grilado.
Se ele não gosta de samba,
não sabe mesmo o que é bom,
vai beber agua de bamba,
vendida pelo o Neon.
Esparro no pagode é mal,
parece que manda, o voyeur,
mas lá no fundo de quintal,
ela faz o que ela quer.
Deixe a morena sambar mané,
vê se chega depois da hora,
depois do pagode em pé,
você quer leva-la embora?
Vem com esse nariz de bronze,
sambando pisa no ouriço.
Preste atenção nesse bonde,
samba requer compromisso
Tome mais agua de cuíca,
deixe a moça sambar rapaz.
No samba ela é coisa rica,
do samba ela gosta mais.
Esse malandro é um otário,
vem cheio de coisa e tal.
Peça de anedotário,
é mesmo malandro playgraund.
A baiana tem tabuleiro,
a carioca tem gingado,
tirar a moça do samba,
deixa um homem mal falado.
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