Fotografia; Revista fórum
Tudo que o juiz pediu
O doleiro falou:
_Se é pra sair do gradil,
eu entrego ao senhor
tudo que meu dedo viu,
aonde empreiteiro subiu,
até o banco gentil
que honradamente ajudou.
_Pois não tenho mais idade,
juro a mais pura verdade
da santa cruz , piedade,
não posso com o xilindró.
_Fico doente e febril,
não, isso não, tenha dó.
_Sou pelo bem do Brasil
visto ao olhar do Renó.
_Tem olho grande o Nestor.
O faz-me rir lhe sorriu,
_Juro ao que lhe fez alegre.
_Isso com o tempo prescreve,
no céu azul de anil.
_Disse a mim o opositor.
O outro juiz não devolve,
aquilo em que se sentou.
A velha Arena comove,
ao ser contraria ao covil,
lançando assim seu ardil,
parece ser o Redentor.
Tudo é tão quente e azougue,
na falta d'água se afogue
nesse verão deu X nove,
a chapa aqui esquentou.
_Tanto Dólar a esquiar neve,
acho, o leão cochilou.
Lá não se vale o que escreve
muito dinheiro da Ambev
para derrubar o eleitor.
Tucano esquece o Herzog,
a bicha, a mulher, o preto e o pobre
que a direita golpeou.
Hoje prefere um sacode,
barba, cabelo e bigode,
do Pizzolato que for.
A vida é mesmo um brinquedo
tem gente que está com medo
da perda ao que conquistou.
_Mas hoje joga o Flamengo,
tem passeata mais cedo,
no megafone um Pastor.
Esse é o cantar de um segredo,
republicano arremedo,
de um poeta azedo que micou.
Para ler poesia basta ter calma, Para ler Poesia basta ter paixão, deixe-a incidir subcutânea, trama das retinas à veia aorta para faxina do coração.
Citações
A palavra é o fio de ouro do pensamento.
SÓCRATES
sexta-feira, 27 de março de 2015
quarta-feira, 25 de março de 2015
Sutil ( Barril Diógenes)
Harmonização vocálica
não seve para a escrita.
A oralidade prática,
flagrante no Brasil,
rompe a culta gramática
como política clássica.
Nessa ruptura matemática
não há isenção, é sutil,
há uma multidão errática,
mantendo um povo servil.
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