Há em nos algo que somos e não sabemos tanto o quanto.
A consciência é na origem um labirinto em segredos.
Quão celular o cérebro é, um emaranhado arvoredo.
A se saber o que nos difere em relação a outros bandos.
No intra córtex habita esse segredo, misterioso tamanho.
A se desvendar na hercúlea chama da neurociência.
Quantos bilhões de neurônios haverão? qual competência?
Em número e em ordem basal é desconhecido tal ganho.
Tanto se sabe, e esse tanto ainda é pouco, tanta é a pesquisa.
E o que se sabe é parte de um quebra cabeça em tantas peças.
O interior do interior como funciona, é um desvendar que resta.
Essa certeza da incerteza, esta na mesa, a riqueza mais imprecisa.
Quanta beleza Suzana, essa operária em sua sábia oficina.
No desafio que conduz o homem por força e fome, ou curiosidade.
Tudo se sabe, tudo se esquece, muda de nome, o falso e a verdade.
Todo o inteiro no cerebelo, mais que um cabelo, mais que a glicina.
Nesses bilhões, nesses sertões, neuro grotões portais inclusos,
Só dez por cento não é verdade da utilidade mais cerebral
Sinapse anatômica libidinal forjando a tônica com seus impulsos
diz ao poeta da natureza em seu tormento: Esse é o quintal!