Sou Branco como areia, quem quiser ver basta olhar.
Não trago samba na veia mas recebi um Candeia
vindo de algum orixá.
Ele me disse na veia, com a voz negra que aconselha
sentado na mesa de um bar.
Você que pensa que é branco, guardado na Torre do Tombo
tem o outro pé no quilombo de outra origem além mar
O inconsciente é um jongo de atabaque candongueiro
Não há ariano dinheiro que o possa camuflar.
vem mestiçagem primeiro, banhada em agua de cheiro
do sul até o Amapá.
Portanto caro parceiro, como o povo brasileiro
é feito de se misturar, você é variante etnia
unida por tantas guias da genética popular.
Bem maior que as utopias de furta-cor supremacia, ao fim nosso povo se fia
no tear das alegrias de uma história singular.
Para que não haja sofisma ou dominação por falácia,
a escravidão de Anastácia como batismo e crisma.
se mantém na eficácia regenerando a cisma
mantendo um povo sem rima mostrando o que há por lutar