Citações

A palavra é o fio de ouro do pensamento.


SÓCRATES

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Brincando com Drumond ( o trago da seda)

                      Pelado-2008-Efran Almeida

No meio do carinho tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do carinho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do carinho.

Nunca me esquecerei desse tão mal momento
quando finda o amor numa pedra atirada.
Juro que a esquecerei,
no meu caminho tinha uma pedrada.

Tinha uma pedra no meio do carinho
saí desse caminho sem carinho, nem mais nada.
No final, sozinho, só a desilusão pelada.

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terça-feira, 4 de maio de 2010

Poema para a moça que dança(o trago da seda)

          Figuras no bar-s/d-Héctor Carybé

Gosto de todo e qualquer tipo de dança.
A dança da vida ao corpo, o revitaliza.
Tenho  pelo corpo um carinho especial.
Talvêz por levar-me de forma impracisa.
Ao espaço com precisão cirúrgica desliza.
Dançando, leva-se aonde quer chegar afinal.

Como agora! Quero a sua dança do ventre,
Quero sua ginga bonita de portar bandeira,
sua pele de sal, seu calor de amiga.
Movimento de dorso bailando brejeira.
Nesse seu corpo eu quero estar entre.
Deixar-lhe molhada em todas as beiras.

O meu verso guerreiro apronta-lhe na lança,
da mais gostosa guerra humana à brincadeira,
fazendo-a gozar sempre na lembrança.
Serão assim as memórias primeiras.
Movimento e sincronia de prazer e bonança,
sobrepondo-se ao baile de uma vida inteira.

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domingo, 2 de maio de 2010

Primeiro Imail de Jô (Imails da Jô)


              Cabeça de escrava-1992- Oscar Pereira da Silva

 Enviado por Jô, a escrava do amor

Ele quis fazer de mim outra mulher,
não uma mulher com outro corpo,
mas outra pessoa na verdade.
Fico triste, não serei o que ele quer;
Se não gostou do que sou, serei saudade.
Saudade  é o que divido na forma e na fé.
Quis mudar-me, não gostou d'alguma parte.
Só ama se fizer de mim outra qualquer.
Se assim ele é, sinto muito, não sou aparte.
Para gostar-me, tem que ser toda, inteira.
Já tudo sabem os sussurros dos ouvidos.
Não serei mais uma tentativa passageira.
Nos corpos, nesse jeito de amor sumido.
Frio o romance deixa beijos sem maneiras.
Não seria eu, tendo outra personalidade.
Tentar ser outra é ruim , isso me cansa.
Distanciar de mim mesma não faz sentido.
Ficam nossos os reboliços da lembrança.
Tenho de mulher e amor, só a realidade.
Não vou apagar o olhar, nem vê-lo tolhido.
Não sei amar, ferida de minhas liberdades.
Eu que pensava encontrar amado escolhido,
vejo agora só um amor de puberdade,
Portanto ele não pode ser mais querido,
Que maldade, que maldade, que maldade..
Mais uma dor e mais um homem removido,
quando a ideia exaure a cumplicidade.
O amor acaba na abstinência, no castigo;
Se já em mim não há mais felicidade,
é que endiante só seremos bons amigos.

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