Mulher ao luar, s/d, Bruno Giorgi
Eu não posso fazer-lhe um funk meu amor.
Deus me deu por pecado o branco na cor.
A cor negra que gosto tanto de ter,
a cor negra eu preciso buscar em você.
No terreiro dos meus olhos há tambor,
no desejo do seu, ponho o meu prazer.
Essa é a pele aonde o samba é só calor,
E a sua boca na minha boca vai dizer.
Nas suas pétalas abertas beijo a flor,
vendo a noite, no dia, derreter.
Nosso amor discorre assim, sem hora,
não há tempo acertado para ele ser,
para viver, para ficar, para ir embora.
Sob as bençãos de Pierre Verger,
nos devotos de Obaluaiê,
o melhor do amor é ser agora.
http://www.mauro-paralerpoesiabastatercalma.blogspot.com/
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