viscontisfarataro
Homenagem à Plínio MarcosNas cartas do tarô o vaticínio,
mostrando as armadilhas do real.
Real que aprisiona o raciocínio,
onde a diversidade é anormal.
Provendo as miragens escolhidas,
paridas dos sábios, bem e do mal.
Velados no universo dos sentidos,
separam do comum o descomunal.
Sobre o mal, maior arcano é a ferida,
desatino do intestino pessoal,
quando o trágico desfila na avenida,
na metástase das certezas da geral.
Ao bem cabe ser joia da coroa,
parece o Gentileza do mural,
ou mesmo heterônimo do pessoa,
horóscopo na coluna social.
Descarregando sobre o inquilino
da vida o seu alheio fel fatal,
a tristeza é calado desafino,
"a dor da gente não sai no jornal".
Todo poeta é um pouco cabotino,
vem no destino, um gene varietal.
A alegria é coisa de meninos,
tem cheiro e cor de manga de quintal.
Se o sorriso não encanta, é de vidro,
sai frio no silêncio do cristal.
Sobrou sobre o poema descabido,
o vento, um lamento e a pá de cal.
http://www.mauro-paralerpoesiabastatercalma.blogspot.com/
Nenhum comentário:
Postar um comentário