Mistérios do capital-2006-Damián Ortega
Acabam em samba essas muanbas do senado, com senadores passeando em Paris.
A moça linda acompanhando o deputado, o outro ainda fez castelo em meu pais.
Se atraso as contas o meu nome é manchado, e se não pago quebro a cara e o nariz.
lá no oriente cortam mãos com um machado, aqui quem rouba, ganhou os votos que quis.
talvez o assunto seja mesmo delicado, nem adianta discutir em CPIS.
Se o governante de um estado foi caçado, tudo é tão velho nas ruas de São Luiz.
Agora é a mesma antiga prosa eu já sei. Sou calejado nesse grande randevu.
So usa as saias a outra face do sarney, depois que pinta os cabelos de acajú.
parece linda a capital Brasileira, as esplanadas da calada capital.
Seu mar esconde nas conchas a roubalheira, alas exalam um cheiro forte e fecal.
eu canto um samba resistindo como posso, faço meus versos com o que leio no jornal.
Sou brasileiro e disso não tenho remorso, um dia, aviso, vamos ver ponto final.
haverá sabre de feitiço em feiticeiro. O cheiro podre não vai mais salientar.
Mocinhos vão sacar as armas de brinquedo, então a história nessa hora vai mudar.
Como é que pode todo dia um Carnaval? Olhando a vista até que parece chique.
Fantasiada essa ilha é o meu quintal, maracutaias, picaretas e trambiques.
Sequem em jatos cujo barulho eu ouço, desfaçatez com meu ouvido absoluto .
As passagens eu as paguei com o meu bouço, um dia desses me revolto e fico puto.