A dependência é um muro alto
para as exigências mais básicas.
A sua natureza pode não ser mágica
para a existência, só um desfalque.
O hiato de viver não é atitude sabática,
é sim, o desvendar de coisas trágicas.
Por mais que se esteja incauto,
sob o céu azul do cobalto,
ou que a trilha seja errática.
Os fatos têm carne enfática.
e a dependência é antipática.
Há que se suprir do fácil,
descortinado sem palco.
O dependente, esse ilustre fidalgo,
ao não saber a gramática corporal,
em qualquer passada lunática,
desatenta ou pouco prática,
produz marcas em seu tátil.
É o corpo nos dizendo algo:
_Ah! Como a vida é frágil!