Para ler poesia basta ter calma, Para ler Poesia basta ter paixão, deixe-a incidir subcutânea, trama das retinas à veia aorta para faxina do coração.
Citações
A palavra é o fio de ouro do pensamento.
SÓCRATES
sábado, 24 de julho de 2010

Bom dia ( O analfabeto poético)
Quando saír de casa mulher,
ponha a felicidade em sua necessaire.
E usa também par de brincos,
que sejam dois pingos de luz.
Para os lábios pinte sorrisos,
se puder bem mais que cinco.
Pois o dia será longo,
carregado de azuis.
Nos olhos tenha um jeito
de desejo feminino.
Ao andar faça gracejos
de praia com sol a pino.
Se o dia for cansativo,
de estourar bueiro da Light,
pensamentos positivos.
Na escolha ? diga alright !
Caminhando faça passos lentos,
não deixa de olhar os lados.
Para não perder o tempo
de achar um namorado.
É quando a tardinha chegar
com jeito de tai chi chuan,
Dos bolsos tire pecados
para comer com maçã.
Com o abraço doce da noite
Saque o diabo do corpo,
junto com as peças íntimas.
Para isso deve a um coito
dedicar suas estimas.
Depois, mas só depois, já serena.
Com a alma e o corpo em rima,
fecha o olhos e dorme,
o sono de uma menina.
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sexta-feira, 23 de julho de 2010

caos ( O analfabeto poético)
Mistério é minha chama
A alegria de um Carnaval
Desfilo às vezes na cama
Se amo é amor de muito
Desolo quem não me quer
Com o mundo tenho assunto
maior é meu canto de fé
Meu canto é canto profundo
Feito de raiz no chão
Quem esta comigo esta junto
Quem não está é vazão
Os sábios são quase poucos
Silêncio rouco é palavra.
Tenho-a tatuada no corpo
Como rosto da estrada
Trago no delta do rio
Caminho de mar sem retorno
O mar tem o sal dos navios
E o mundo tem seus contornos
Meu verso quando te cala
Vias de fato ou canção
É coração de aba larga
Apara de desilusão
Do caos puro se projeta
Refazendo o conjunto
Na vida de visão reta
Poesia e curva de fundo.
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quinta-feira, 22 de julho de 2010

Ménage a trair ( O analfabeto poético)
Sabe quando uma mulher se aproxima de um poeta e se abre?
O poeta, esse tolo de idéias fora do lugar, acha que é para o homem.
Os heterónimos das pessoas às vezes têm outros planos, e neles se escondem.
E o que acontece?
É um engano!
Um engano de hormônios, um erro dos demónios mais sacanas.
Do que ela gostou ? Foi da poesia !
Então recorre naturalmente ao poeta, na sua jugular interna humana.
Atinge assim o sangue quente do homem, sem deseja-lo no ato.
Ela então diz alguma coisa sobre ser amiga, quando de fato sequer se conhecem.
Mas isso acontece.
A fêmea foi atraída pela carne quente da poesia, pela sua trama muscular subjetiva.
O homem então é só um cavalo dessa entidade afetiva, que passa a ser agora o guia.
Em seguida acontece com o afeto masculino uma azia de quem comeu torresmo e não podia.
Pronto!
Mais uma vez o poema traiu o poeta que traiu o homem.
O poema quase venceu o homem, como criatura subjulgando o criador.
como se nessa interface ele, o criador, se sentisse corneado consigo mesmo.
Num Ménage a trair, onde no final, ninguém ficou com ninguém dentro de sí.
Ou quase é isto, quando cada um sai consigo mesmo e algum saldo de poesia.
Para que se entenda, que ser poeta não é sempre o ocasional de pura alegria.
E a moral dessa história?
É que a desatenção em literatura pode fazer chifres em cabeças de cavalos.
Portanto caros poetas:
_ Cuidado.
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