Citações

A palavra é o fio de ouro do pensamento.


SÓCRATES

sábado, 24 de julho de 2010

Bom dia ( O analfabeto poético)

Foto: Avançar na vida- Fidalgo pedrosa

Quando saír de casa mulher,
põe felicidade em sua necessaire.
Junta também par de brincos,
que sejam dois pingos de luz.
Para os lábios pinte sorrisos,
se puder bem mais que cinco.
Pois o dia será longo,
carregado de azuis.

Nos olhos põe  um jeito
de desejo feminino.
Ao andar faça gracejos
de praia com sol a pino.
Se o dia for cansativo,
de estourar bueiro da Light,
pensamentos positivos.
Na escolha diga  alright.

Caminhando usa passos lentos,
não deixa de olhar os lados.
Para não perder  o tempo
de achar um namorado.
Quando a tardinha chegar
com jeito de tai  chi chuan.
Nos bolsos, leves pecados
para comer com maçã.

Com o abraço doce da noite
tira o diabo do corpo,
junto com as peças íntimas.
Para isso deves a  um coito
dedicar suas estimas.
Depois, só depois, já serena.
Com a alma e o corpo em rima,
fecha o olhos e dorme,
o sono de uma menina.

http://www.mauro-paralerpoesiabastatercalma.blogspot.com/

sexta-feira, 23 de julho de 2010

caos ( O analfabeto poético)


Foto: Estética do caus- Bernardo costa
Minha estética é a do caos
Mistério é minha chama
A alegria de um Carnaval
Desfilo às vezes na cama

Se amo é amor de muito
Desolo quem não me quer
Com o mundo tenho assunto
maior é meu canto de fé

Meu canto é canto profundo
Feito de raiz no chão
Quem esta comigo esta junto
Quem não está é vazão

Os sábios são quase poucos
Silêncio rouco é palavra.
Tenho-a tatuada no corpo
Como rosto da estrada

Trago no delta do rio
Caminho de mar sem retorno
O mar tem o sal dos navios
E o mundo tem seus contornos

Meu verso quando te cala
Vias de fato ou canção
É  coração de aba larga
Apara de desilusão

Do caos puro se projeta
Refazendo o conjunto
Na vida de visão reta
Poesia e curva de fundo.

http://www.mauro-paralerpoesiabastatercalma.blogspot.com/

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Ménage a trair ( O analfabeto poético)

fotografia de atomareaufruestung


Sabe quando uma mulher se aproxima de um poeta e se abre?
O  poeta, esse tolo de idéias fora do lugar, acha que é para o homem.
Os heterónimos das pessoas às vezes têm outros planos, e neles se escondem.
E o que acontece?
É um engano!
Um engano de hormônios, um erro dos demónios mais sacanas.
Do que ela gostou ? Foi da poesia !
Então recorre naturalmente ao poeta, na sua jugular interna humana.
Atinge assim o sangue quente do homem, sem deseja-lo no ato.

Ela então diz alguma coisa sobre ser amiga, quando de fato sequer se conhecem.
Mas isso acontece.
A fêmea foi atraída pela  carne quente da poesia, pela sua trama muscular subjetiva.
O homem então é só um cavalo dessa entidade afetiva, que passa a ser  agora o guia.
Em seguida acontece com o afeto masculino uma azia de quem comeu torresmo e não podia.

Pronto!
Mais uma vez o poema traiu o poeta que traiu o homem.
O poema quase venceu o homem, como criatura subjulgando o criador.
como se nessa interface ele, o criador, se sentisse corneado consigo mesmo.
Num Ménage a trair, onde no final, ninguém ficou com ninguém dentro de sí.
Ou quase é isto, quando cada um sai consigo mesmo e algum saldo de poesia.
Para que se entenda, que ser poeta não é sempre o ocasional de pura alegria.
E a moral dessa história?
É que a desatenção em literatura pode fazer chifres em cabeças de cavalos.
Portanto caros poetas:
_ Cuidado.

http://www.mauro-paralerpoesiabastatercalma.blogspot.com/