Às meninas que só querem sambar.
Pois o Samba tem mesmo uma trama,
quem o souber viver, sarava.
Os meninos bem vêm a farra,
mas não respeitam o alguidar.
Tremem com as pernas bambas,
Eles não sabem sambar.
As meninas querem Portela.
Querem no azul amar.
Mas o amor tem tramelas,
comuns em toda favela
com segredos para entrar.
A porta que existe nelas
É cultura de sentinela.
Têm na linhagem do samba,
a língua mais popular.
Bonitas, passam à verá.
Mas o que mais lhes apressa,
é mesmo o presságio de amar.
Para isso não tem tempo certo,
sejam melhor incorretos,
tropecem de bar em bar.
Nos corpos mais prediletos,
bebam todas as doses.
Cirrose de amor é saudável
depois do amor, é sonhar.
Talvez no caminho errado
posto que o errar vicia,
O tempo da bateria,
se mede no couro aquentar.
Não no que dele se estoura,
com mais um beijo na lista.
Couro que estoura na pista
não vê a rainha passar.
Viver o amor é um feitiço.
Ninguém tem nada com isso,
se outros quiseram gozar.
Meninos não fechem as portas,
porque amar é o que importa.
O samba do amor não tem volta,
feliz de quem o cantar.
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