Fotografia: Bailarina- João Pinto Vieira da Costa
Vaidade, essa criança sapeca.
Penteia-se junto ao espelho,
mesmo que sendo careca.
Prima dileta do orgulho,
tão solitária, é um balão.
Vive se vendo no céu,
vive seu mundo alçapão.
Quando é excesso, é entulho.
Quando sem corpo é barulho,
Quando sem faro é ilusão.
Essa levada da breca,
sempre vestida em vermelho,
pode quebrar-lhe o joelho
com seu charme de maneca.
Muitos lhe perdem as cuecas,
Por ela queimam salários,
causando males tão vários,
dor de barriga ou congestão.
Vaidade, essa boneca,
esconde o que introjeta
como sendo solução.
Porque dança essa bailarina?
Se na próxima esquina,
pode bem cair no chão.
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