Emygdio de Barros- sem data
Escrevo agora aquilo que não digo.
No papel em tela o que não penso.
O poema terá seu próprio umbigo,
as palavras serão soar imenso.
O silêncio duro é com quem brigo.
Às vezes perco, às vezes venço.
Sendo este texto meu castigo,
Carrego-o, assim como entristeço.
O poeta é um pássaro no visgo.
A palavra escrita é desapego,
libertada em face do inimigo,
vai à vida e o verso é longevo.
Pois se escrevo aquilo que não digo,
no papel é grito o que escrevo.
Novo verbo explode em estampido,
se estou vivo é por desassossego.
Verve, viril veia, vem vadio verso,
esse aqui que em mim mesmo escrevo,
Tambem nele é que busco meus sentidos,
e com eles brigo eu comigo mesmo.
http://www.mauro-paralerpoesiabastatercalma.blogspot.com/
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