Se o samba me convidasse,
pra meter minha colher.
Tiraria assim a dor,
de ser um poeta soturno.
A solidão fria que dista
aos internautas noturnos.
Punha-lhe minha amada
em saia rodada de mulher.
Também pra poder tirá-la,
quando o oportuno vier.
Porque o samba só é bom
se tem calor e a pele sua.
Cantado no céu das bocas
sagradas dos blocos de rua,
Encontra o claro da lua,
e só acaba quando o sol quer.
Tocaria feito o que ouvi,
Donga fazer a prato e faca.
Num encontro de flauta doce,
violões e cavaquinho,
tantã, repique, pandeiro,
surdo e banjo no miudinho,
Trazendo mais alegria,
ao requebrar Lan das mulatas.
Tempero forte que uma tia
herdeira de Ciáta faça,
Charque, feijão, costela,
orelha, pé, couve fininha,
Pimenta, lombo, cebola,
toucinho, paio e cebolinha
Laranja cortada e cerveja,
boa, farta e gelada.
Limão, açúcar e gelo
em boa dose da malvada
http://www.mauro-paralerpoesiabastatercalma.blogspot.com/
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