A tristeza quando vem furando a lona,
sentando á frente na cadeira de pista,
quando em sempre é invasiva essa senhora
de semblante taciturno e intimista.
Tão sombria por aonde passa, que odora
seu perfume próximo à melancolia.
Seu pesar contrasta o leve da alegria.
Seu olhar de mina d'água sempre aflora.
Tem no ventre o embrião da tragédia,
como um vulto contraparente da morte.
Gesta a dor, o dissabor e a má sorte,
quando ao pulso ela nos toma a rédia.
Traz a cor de cinza chumbo dessa hora,
seu poder pode nublar a luz do dia.
Quem a segue vai jurar que não queria
e o desejo é mais que ela vá embora.
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