Antropofagia- 1928- Tarsila do Amaral
Oswáld era os seus manifestos
atropofagicamente.
Os inteiros dos seus restos,
são contradições das sementes.
Germinam no que é moderno,
no inverso do indiferente.
Instigantes como pesto
na vanguarda da massa ao dente,
de um Pau Brasil mais honesto.
Do seu tempo um pertinente.
Cubismo, futurismo, Polinésias,
os Afros vão à Europa.
No leite de magnésia,
de novo a arte se dobra,
nos cenários das falésias,
sanatório das desovas.
Nas antropotarsilas telas,
todo indio quer apito.
Quem volta também retorna
Ao Ipiranga no grito.
A literatura, essa bela,
se banha em agua morna.
Sem fazer muito agito,
para não haver mais marola.
Enquanto come sardinha,
no amburguer da causa humana,
repondo antropoasia,
pastel e caldo de cana.
Vendida traz mais valia,
a Tropicália bacana.
A moda autopsía
aonde a pessoa urbana
mastigou sua poesia.
Modernismo é uma alegria
morena como o bombom.
O Cacau é da Bahia,
as ideias "ton sur ton".
Onde a coruja pia,
tem Marx, Freud e Breton
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