Fotografia: Estátuas vivas 8 - Francisco de Oliveira
Desço eu de mim mesmo
no passo de um trancelim.
No que me desconheço,
ao meu lado, quase assim.
Vejo no silêncio, o começo,
se o poema é trampolim.
Seu destino web, a esmo,
temperado em botequim.
Palavras de sal, torresmo,
arrimam em boa ou ruim,
cobrando em sentido, o arresto.
Pedaços de mim em mim.
Um do outro me descrevo.
Eixo virabrequim,
na explosão dos apreços,
sou o rosto do arlequim.
Flutuo no chão, o tropeço,
o destro do Bandolim.
No meu corpo de Hefesto,
cruza o poema carmim.
Rimando o amor honesto
com sua pele de cetim.
Não me preocupa o resto,
pois volto a me estar no fim.
mauro-paralerpoesiabastatercalmablogspot.com
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