Fotografia: Ver mais além, não só o que está á frente...´: Pedro F. dos santos Aires
À frente da lente esta a realidade,
é onde o poeta fotografa o seu tempo.
Com imagens projetadas em letras,
descreve na ousadia das imagens,
o flash em outros sentimentos.
Sem conter farsa, a proteção dos caretas.
Á frente na realidade, o poema vence seus limites,
pigmentando a palavra com cores de outra ousadia,
perfuma com um olhar novo as humanas aletas.
Franqueando esse olhar díspar, o poeta insiste
em observar de forma diferente, o que antes dele não se via.
Na linguagem servida à forma crua, a gorjeta gorda é a poesia.
À frente da realidade o poeta nunca se copia,
quando fere a comodidade, quando rasga a noite e pare o dia.
O poema tem uma maldade, ao mostrar de forma eloquente,
onde o verso refaz outra metade, sorrindo ou rangendo dentes.
Transforma a humanidade em outra de maior valia.
À frente da realidade o poeta é mesmo ignorante.
Estrábico, vesgo e delirante, conduz os crentes ao mirante,
de onde creem ver verdades, em outras verdades diferentes.
Assim, sofrendo, diz sem dor, quando dor de fato não sente.
Assim fazendo, diz ser arte, o seu nariz sem palmo à frente.
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