Grafite: Os Gêmeos
O homem sem referências tem que se abraçar às sombras.
Equilibrar certos, os ombros, para cumprir uma história.
Isso produz um convívio entre maturidade e ingenuidade,
provocado pelos experimentos e as expectativas sem memória.
Sua Memória pública fica desguarnecida, tênue ou ausente, nas sobras.
Nessa exclusão saltam os guetos, templos aos preconceitos da cidade.
O homem sem referências se re-significa, no adverso dos escombros,
entre todos os fragmentos acolhidos data a solitária vivacidade.
Matéria com a qual se institui e se restitui dos tombos,
formando unica e incomparável a personalidade.
Mas o ser humano é gregário, se assusta com o que é único.
Sendo assim, sem a luz do farol da inclusão
resta, ao incomparável, um guerrear púnico.
Por sobrevida a resistência avizinha o lúdico,
mágica guia seleta, entre esburacados passos ao longo.
É a realidade dos caminhos e do coração!
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