Até de ovo frito apanha.
Vou ensinar como é
o filét do Oswaldo do Aranha.
Vai impressionar a mulher.
Quem não a tiver, uma ganha.
Comer gostoso em talher,
Pois vou lhes mostrar a façanha
Precisa gostar da carne,
a boa é um filet Mignon.
Maciota, sem alarde,
Para comer é tão bom.
O corte é um bife alto
no modelo de chorizo.
Como a riqueza de Fausto
alarga qualquer sorriso.
Mas antes vêm as batatas,
cortadas à portuguesa.
Fininhas bem delicadas,
enxugadas, fritas e secas.
Também o alho laminado,
dourado, mas sem queimar.
Reservado em tanto farto,
vão dar gosto ao paladar.
O prato é coisa rica,
é uma tradição Carioca,
vem lá do Cosmopolita,
mas tem em qualquer birosca.
Prestem atenção meus amigos.
Concentrem, a ideia foca,
não vão se prender no visgo,
agora vem a farofa.
Manteiga clarificada,
não pode queimar jamais.
Juntar azeite é a sacada,
pois é assim que se faz.
Bacon, o bom venenoso,
bem pouco, para a saúde,
pois o danado é gostoso,
e artéria não tem virtude.
Suar cebola em cubinhos.
Um alho, e Jalapenã.
Também do reino, um pouquinho,
para não faltar em pimenta.
Farofa não tem amarras,
tudo vale é tudo pode.
Um pouco de alcaparras
vai ao gosto do bigode.
Picado vai um tomate,
rúcula rasgada a mão,
azeitonas pro arremate,
sem caroço à dentição.
Uma xícara de chá, padrão,
carregada em farinha crua.
Mexam, mexam, meus irmãos,
pra cozinhar com ternura.
Agora é fundamental
dois ovos, quebrados antes.
Corrijam o gosto do sal,
coisa muito importante.
Aqui ponho a banana,
ela entra sem censura.
Faz da farofa uma dama,
com a minha assinatura.
Peguem um pouco de arroz,
desse que tenha sobrado,
para ser usado depois,
replicante em outro prato.
Finalizando o serviço,
a cebolinha e a salsa,
para comer sem juízo,
como quem ouve uma valsa.
Na montagem cada prato
deve conter a beleza.
Os olhos comem de fato,
a carne, essa realeza.
Dediquem muito carinho
no serviço à la carte.
Um Cabernet é bom vinho,
harmonizando com arte.
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