No Pais do Bang-bang,
aonde a arma é sagrada,
liberdade lava a sangue
a infância desarmada.
O liberalismo à bala
Não cabe em eufemismo.
Na cultura mais privada
está a origem do abismo.
Quando o valor das crianças
perante fatal cinismo
patenteia um mimetismo
perigoso e fatal;
Reproduz-se na matança
o tacanho niilismo,
emendando o civilismo
em armamento legal.
O ordenamento, a trança
do tecido social,
é permissivo no perigo
em favor do individuo,
faz da América o abrigo
do poderio letal.
Somente é a ponta da lança,
vista assim de modo tal,
conserva um terrorismo
de amplitude nacional.
Nas escolas, nos cinemas,
almejando o universal.
Qualquer mocinho oprimido,
qualquer desvio ao normal
tem gatilho concedido,
apelo constitucional.
No Texas, na Califórnia,
em Oklahoma, na Flórida.
Luby's, Virgínia Tec, in memória.
Atlanta já não espanta
Amishs da Pensilvânia.
Wisconsin os acompanha.
Lá vai Rambo Columbine.
Em mira mal camuflada,
Batman do Colorado vai.
Ao massacre de Nevada.
A história só repete o"inside".
Com cristãos de Oakland,
os Sikhs de Oak Creek,
essa cultura e a sanha
Neo nazista do CheeseCake.
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