Fotografia: Quimera olhando Eiffel- Gabriel Martins
Você tem fome de ser
um boque de belas cores.
Mas quantas e quantas dores
compõem de fato você?
Nesse perfume de flores,
comum a um cara, o que
um comercial de TV,
compõe nos seus bastidores?
Você não sabe o prazer,
de refazer os valores,
à luta dos estentores,
na voz que fala o sofrer.
Pareço mesmo uma fera
A monstruosa Quimera
das ilusões, são janelas,
pintadas em aquarela,
No coração de quem vê.
Quando seus beijos são lágrimas,
causadas assim tão cedo,
fotografo em mim o seu medo
de um vacilo matinê.
Não há lugar para lástimas
não cabe nenhum segredo
que se aponte com o dedo,
a um solitário Zabelê.
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