Quando eu me chamar saudade
Ja não serei mais que uma data
A vida não tem estorno, nem errata
ao fim, a aventura real é inexata;
Sujeita ao ajuste impuro da liberdade
Se saudade for, não serei bravata saudade
Mas enquanto eu me chamar idade
não passarei meu tempo em casamata.
Trago na pele madura a textura tacta,
sem a forca de seda e nu de gravatas.
De encontros é o meu caminho, minha verdade.
De tantas outras pegadas se faz estrada,
tão múltipla, e tão infinita é a veracidade.
Se ontem fui levedura, hoje sou pura nata,
a cada nova ternura, ou cada bala de prata,
sou ácido e o meu carinho é grão Ciabatta.
Em poema um ruim o verso não desata
perdido no pavio e meio da casualidade
sincronicidade,em Jung, parece mesmo cascata
Alguma coisa que lembra o verão da lata,
inundado num mar de alegria e felicidade regata
Nenhum comentário:
Postar um comentário