Fotografia: Gabo- Alexandre Torezan
O fantástico de Gabriel faz história
no realista, o poder de ser mais que o real.
Na língua branca paginada do Latino papel,
lembranças perdidas não matam memória.
A imagem literária tem escala anormal
ao trançar as alturas desatadas de um rapel.
Em cujas linhas o humor é a carta precatória
e o simpático Garcia assim se afia em jornal.
Da Colômbia Macondo a cor é do azul céu.
Vivem avó desalmada e sua neta notória,
nas mágicas vestes verdes trópico bananal,
nos lombos de Arcádio caminha todo tropel.
Tais vidros de tais espelhos refletem a história,
Márques bem soube criar uma obra genial
nas sombras do amor dos tempos do cólera.
Assim, que mais ninguém escreva ao coronel
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