Foto: Moia em tongariki- Revista época, Haroldo Castro
Talvez eu morra,
de sorte que ficamos assim.
Vou dessa porra
de vida, no que ela é chinfrim.
Mesmo que ocorra,
da noite dos meus dias chegar por fim.
Bala Camorra,
sobre meu rosto um tiro, não é festim.
depois de morto.
Talvez eu volte, para o meu gurufim.
Num samba torto
solando cuíca no que sobrou de mim.
Serei encosto.
Amigos tomarão porre de Gim
sobre o meu corpo.
Uma mulher há de chorar o homem que fui.
Na sua fé,
dirá adeus a quem já se conclui.
Se Deus quiser
sairá ladeada por um ser de luz.
Ou outro qualquer,
serei um incógnito Moia Hapa-Nui.
http://www.mauro-paralerpoesiabastatercalma.blogspot.com/
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